// 09/12/2016

CONFISSÕES DE ADOLESCENTES: RESENHA


Escrito numa mistura de diário com peça teatral, o livro confissões de adolescentes narra basicamente a vida e os problemas que quatro garotas encontram durante sua adolescência. Em um diálogo divertido entre as quatro amigas, elas falam de tudo: falam de amor, de amizade, do primeiro beijo, primeira transa, primeiro beck, família e de todos os outros problemas e acontecimentos marcantes na vida de uma garota adolescente. No meio das histórias também aparecem alguns poemas escritos pela autora, o que reforça bastante a ideia de diário pessoal.

Deve ter bem pouca gente que ainda não conhece a história e os dramas de Confissões de adolescentes, não pelo livro, mas porque a história já fez bastante sucesso nas telinhas. Primeiro como uma série, lançada em 1994, e depois mais recentemente, em 2014, como um filme também. Mas, o caso é que o livro é um pouco diferente do que a gente já viu nas telinhas. A história não é tão conexa e nem tão envolvente. 


Eu comprei esse livro logo depois de assistir a adaptação de Daniel Filho para o cinema porque achei o filme adorável, tendo em vista que eu adoro o gênero e que era uma produção nacional. Pois bem, comprei o livro, uma capa super amorzinho, toda rosa, com a capa do filme nela e tudo que eu estava esperando. Só que quando cheguei em casa e tirei o livro daquele saquinho, dei uma folhada e vi que o livro era basicamente só imagem, deu aquela decepção. Confesso que se eu soubesse que era assim, não teria gasto dinheiro com ele. Teria ficado só no filme e na série mesmo.

É divertido, dá pra dar boas risadas e relembrar os micos que todos nós já pagamos na adolescência. Mas é basicamente só isso que dá pra fazer. As histórias narradas no livro Confissões de Adolescentes são meio jogadas, cada hora sendo narrada por um personagem diferente, o que faz com que a gente não consiga se envolver de verdade com nenhum personagem, logo, com nenhuma história também.

A leitura é muito rápida, dá pra ler em menos de meia hora tranquilamente, até para quem não tem um hábito muito forte de leitura. O livro é muito bem diagramado, cheio de detalhes, imagens, desenhos, rabiscos, anotações, tudo para dar a ideia de que estamos lendo um daqueles diários que as meninas faziam antigamente. Só que tudo que ele tem de mais na aparência, ele tem de menos na história. 


Mas, já que a gente já pontuou vários pontos negativos do livro (desculpa gente, mas ele foi uma decepção mesmo para mim), queria pontuar uma parte que eu gostei muito dessa edição do livro. Fica bem no final, nas últimas páginas e se chama "O que vem depois". Nela, a autora já com seus 36 anos, fala brevemente sobre o livro, sobre seu diário e sua adolescência, e dá alguns conselhos que ela gostaria de dar para seu eu que escreveu o livro. Vou transcrever aqui alguns dos conselhos (são vários) porque acho que realmente vale a pena, visto que foi a parte que salvou o livro pra mim.

"Não leve tão a sério o turbilhão ambulante de emoções e sentimentos que você é.'

"Não perca tempo procurando respostas definitivas. Essa vida é uma caminhada, na qual sempre temos muito que aprender."

"Pra que esta cobrança? Você não precisa, aos 18 anos, saber o que quer, saber quem é, saber do que gosta e do que não gosta. Devagar fica mais gostoso de descobrir os sabores da vida. Fale mais "não sei". É fácil. Para alguma dúvida existencial, responda: não sei ainda. Pronto. Fique em paz."



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