// 13/04/2017

Eu não vou me desculpar por quem eu sou



Sou por natureza um exagero. Uma novela mexicana. Cheia de drama, a vilã e a mocinha, numa combinação descomedida. Falo alto, passos largos. Até o cabelo é bagunçado: louco pra chamar a atenção. O batom é vermelho e vem naquele melhor tom que não põe travas na língua. Ah, imagine então no tal do coração.

Amo como quem ama pela primeira vez: sem medidas. Morro de amores toda a vida. É só essa mania que eu tenho de sentir infinitamente. Sem amarras, livremente. Morro de desamores por vezes também. Crio tempestades em copos d'água, em garrafas e até nas minhas próprias lágrimas.

Doo meu ser inteiro por todas as causas, não importa se no fim for só mais uma perdida. Gosto da atenção, o ego é grande, tão grande quanto o coração. Ocupo espaço onde quer que eu vá. Tenho voz e consciência disso, então quando a mente não pode calar, eu grito.

Sou a intensidade em pessoa, se assim posso dizer. Das dores aos amores. Das paixões às decepções. Até o meu riso, tão sincero, é exagerado. É alto. É ecoante. Sou um acúmulo e transbordo por aí. Canto, danço, brinco, balanço. Nasci sem freios. Não me prendo.

Faço fiasco, e sinceramente, não me desculpo. Não vou pedir desculpas por quem eu sou. Há beleza nisso tudo, nesse exagero sem fim. É sentimento sem máscaras, é sinceridade escancarada. Um livro aberto, um alguém por inteiro. É amor da forma mais pura.

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